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25 setembro 2013

leonardo chioda / escansão do idílio



véspera do verso
a encenar o primórdio desejo

mede o remanso taurino
eco de prisão

ao deus através do ventre
tal qual o resto, trâmite aos mortais

tua égide afronta a garganta
sob o pomo peremptório do simulacro

agora venta o âmnio
pelas ruas

narrativas do proteico
resistindo aos vastos

as negras receitas, os tumores váticos
azeitando as máquinas

a geometria
do desterro

na minha testa
tem videiras

dentro dançam a névoa
e a rima da memória



leonardo chioda
tempestardes
patuá
2013



07 julho 2012

leonardo chioda / azul antigo




consentir azulejos depende de leituras e mais leituras
das entranhas dos mares
das memórias do ar, de alguns
marinheiros

talvez ainda recitar uma canção aos pórticos
beber das fachadas aquáticas.
o magma
o caminho de velas

o encoberto é sempre novo
vida ladrilhada,
mensagem voltada [não ao barco à garrafa]
intocada
é o que chamam de piso estrelado de alma

emula-se a criatura do sal
as algas, aquela certeza de cronologia incerta mas
às vezes jornada

vozes tabuleiros de espuma
vítrea
as medusas
chegando perto do coração netuno

solidifica-se o tom e cimenta
a opera prima no corrimento de uma nação
ao longo das tempestardes.

  


leonardo chioda




24 janeiro 2012

leonardo chioda / um fausto




quanta vantagem
sobre o erro

tem o demônio
da certeza

no rolar do precipício
em carne





26 dezembro 2011

leonardo chioda / ou os meandros





ver os verbos
enfeitiçar
caminho propício a um olhar mais longo
ou os meandros

manter
os deuses cativos
rezar - aos espíritos num livramento de horas
feminilizar o chão
e homens
somados à
costura dos tempos na derme
do léxico
assimilado no vento

perdoar
perder e
desladrilhar a tarde
aquela das ruas
nuas
talvez cruas
sobre alguma chuva.

bifurcar
-se nos vãos
da palavra o sexo,
o quadro
a ruptura do medo
então sob alguma navalha
tecer os galos
ou os meandros

o amanhã a quem o sabe.