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22 novembro 2023

emily dickinson / que nunca há-de alguma vez voltar

 




 

 

Que nunca há-de alguma vez voltar
É o que faz tão doce a vida.
Acreditar naquilo que não acreditamos
Não faz vibrar.
 
Porque se fosse, seria em seu melhor
Um bem ablativo –
Isso o que instiga um apetite
Justamente inimigo.
 
 
 
emily dickinson
duzentos poemas
trad. ana luísa amaral
relógio d´água
2014
 



03 julho 2022

emily dickinson / há uma zona cujos anos iguais

 
 
Há uma Zona cujos Anos iguais
Nenhum Solstício interrompe –
Cujo Sol constrói um perpétuo Meio-Dia
E as Estações perfeitas se detêm –
 
Cujo Verão chega ao Verão, até
Que os Século de Junho
E os Séculos de Agosto cessam
E a Consciência – o Meio-Dia.
 
 
 
emily dickinson
duzentos poemas
trad. ana luísa amaral
relógio d´água
2014




 

18 março 2020

emily dickinson / está morta a palavra



Está morta a palavra,
Dizem alguns,
Mal é proferida.

Eu digo que só
Então nesse dia
Ela começa a vida.




emily dickinson
duzentos poemas
trad. ana luísa amaral
relógio d´água
2014








06 julho 2019

emily dickinson / pressentimento



Pressentimento – é essa longa Sombra – na Relva –
Indicativa de que Sóis se estão a pôr –

É o aviso à Erva assombrada
Que a Escuridão – está prestes a chegar –




emily dickinson
duzentos poemas
trad. ana luísa amaral
relógio d´água
2014







23 março 2019

emily dickinson / à luz da luz que parte




À luz da luz que parte
Vemos melhor, de facto,
Que à do pavio que fica.
Há algo na partida
Que a visão clarifica
E os raios aviva.



emily dickinson
duzentos poemas
trad. ana luísa amaral
relógio d´água
2014







23 outubro 2013

emily dickinson / a bíblia



A Bíblia é um livro antigo -
Escrito por Homens já desaparecidos
Por sugestão de Espectros Sagrados -
Temas - Belém -
Paraíso - a velha Morada -
Satanás - o Brigadeiro -
Judas - o Grande Infractor -
David - o Trovador -
Pecado - um reconhecido Precipício
A que outros devem resistir -
Os Rapazes que "crêem" são solitários -
Os outros estão "perdidos" -
Tivesse a História melhor Narrador -
E todos os Rapazes viriam -
O Sermão de Orpheu cativava -
E não condenava -



emily dickinson
(e.u.a., 1830-1886)
tradução de cecília rego pinheiro