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11 janeiro 2024

christoph wilhelm aigner / scardanelli 1989

 
 
Um gato preto dorme no jardim
Fechado inacessível enrolado
A Torre afasta de si o tronco de um salgueiro
Os seus cabelos colam-se ao pescoço do Nécar
As nuvens correm por trás do sol
Holder o gato preto volta-se num esgar e troça
Lá dentro já não há quem resmungue atenciosamente
Aguardo devorar uma alma-alimento
 
 
 
christoph wilhelm aigner
três frases
salzburg. otto müller verlag, 1991
trad. maria teresa dias furtado
relâmpago, revista de poesia nº 17
outubro 2005
 



29 fevereiro 2016

christoph wilhelm aigner / dois pontos



O vento corre de pés frios
e atira chuva fina como lâminas
corta e fere-nos o rosto
Somos dois pontos num campo
que aparentemente cegos e sem fundamento
se movem um em direcção ao outro


christoph wilhelm aigner
a negação do relógio de pêndulo
stuttgart, DVA, 1996
trad. maria teresa dias furtado
relâmpago, revista de poesia nº 17
outubro 2005